6ª PARTE
11-Jun.1993
São apresentados novos estatutos
que têm em vista o não recebimento dos lucros no final do ano, para se juntar
verba suficiente para um passeio de 3 dias. Não há acordo total com os novos
estatutos, só 20 sócios aderiram a eles, sendo eles:
Duarte e Ondina * Teixeira e
Helena * Morais e Ana * Carlos e Maria * Lima e Ricardina * Arnaldo e Amélia *
Sousa e Ermelinda * Fernando e Manuela * Manuel e Olga * Pereira e Irene.
Fica no ar um certo
desentendimento que mais tarde se vem a concretizar.
07-Dez.1993
O Grupo oferece uma prenda de
casamento à filha do Sousa no valor de 9.000$00
18-Dez.1993
Termina o último ano da caixa da
Cambada, depois de votação para a não distribuição dos lucros em conformidade
com o aprovado pelos estatutos, onde se previam fases sucessivas da caixa. Esta
votação culminou com a saída do José Carlos e do Sousa. A Cambada desmoronou-se
de vez com esta cisão e o grupo divide-se em dois. Sem ressentimentos
entre os amigos de longa data, estava aberto o caminho para o nascimento de
dois grupos com ideias diferentes. É distribuído nesta data 384.250$00
(conforme contas apresentadas pelo tesoureiro José Carlos), pelos 20 sócios
existentes.
7-Jan.1994
Depois da cisão já referida,
nascem dois grupos distintos neste dia: o “CRAC” – Clube Recreativo, Amizade e
Convívio e “Os Pioneiros”. Nos seus estatutos quase idênticos no que concerne a
cotas, jóia, etc., tinham no entanto uma grande diferença nos seus objectivos,
enquanto o primeiro tinha como preocupação principal os convívios recreativos,
ou actividades culturais que visassem o bem-estar e a vontade dos seus sócios.
O segundo focava a sua atenção principal, apenas nos lucros acumulados durante
o ano e posterior distribuição. Porém, enquanto o “Crac” tentava levar a suas
ideias avante com apenas 12 sócios: Manuel – Olga - Pereira – Irene – Morais –
Ana – Arnaldo – Amélia - Lima – Ricardina – Duarte – Ondina.
“Os Pioneiros” registavam 30 sócios inscritos
nos seus cadernos, com o Carlos, o Sousa e o Ascensão à frente.
24-Abr.1994
Como prova, de que embora com
ideias diferentes os dois grupos coexistiam, o “CRAC” leva a efeito nesta data,
um evento que pretendia demonstrar isso mesmo. Organiza um almoço com fados no
“Moreira” em Penafiel e convida “Os Pioneiros” a estarem presentes. O almoço e
a tarde desse dia redundou-se num êxito, estão presentes 60 pessoas entre
casais amigos, fadistas e tocadores, são eles:
Rosa / António Passos – Lídia /
António Tavares
Linda / Zé Ferreira – Ondina /
Joaquim Duarte
Dina / Aurísio Gomes – Zeza /
Lourenço Carvalho
Carolina / Manuel Gonçalves –
Gaspar Gomes
David Ferreira e Hipólito Novais
(guitarras), ainda:
Olga / Manuel Carvalho – Helena e
Mário Teixeira
Irene / António Pereira –
Ricardina / Manuel Lima
Ana / Aurélio Morais – Amélia /
Arnaldo França
Fernanda /Jaime Pereira – Maria /
António Mota
Armanda / Joaquim Lima – Júlia /
António Castro
Natália / Miguel Castro – Fátima
/ Custódio Castro
Nídia / Edgar Almeida – Teresa /
Manuel Ascensão
Natália /Américo Brandão –
Ermelinda /A. Sousa
Maria / José Carlos – Amélia /
Manuel Sousa
Ana / António Moreira – Rosa /
José Epifânio
Berta / Afonso Peixoto / Modesta
Carvalho
25-Jun.1994
São abertas as inscrições para o
1º Rali do Crac, depois de convite feito a alguns amigos, no entanto, pelo
número das mesmas não ser suficiente, este rali não se chega a realizar. O
descontentamento vai crescendo no seio do grupo. O Morais não aparece, só 5
amigos se vão juntando e o inconstante Pereira entra para sócio dos
“Pioneiros”.
4-Jul.1994
Termina a caixa do Crac. Nesta
data é feita a distribuição dos lucros e saldada a caixa. Há um débito de dois
sócios no valor de 19.410$00, vão ficar a dever 1.941$00 a cada um dos 10
outros sócios. Mesmo assim, houve de entradas nestes cinco meses e meio
672.640$00, com saídas de 399.000$00. A divisão foi de 26.200$00 a cada sócio.
E assim terminou o sonho efémero do Crac, com a culpa principal para este
descalabro do próprio que mais incentivou e que contribui meses antes para a
dissolução da Cambada, ficando ainda em débito com os restantes sócios.
Entretanto “Os Pioneiros”, que se
organizam no café Lago Azul, vão de vento em popa.
27-Jul.1995
Quatro amigos de sempre,
juntamente com as suas companheiras, fazem um passeio de desagravo à Penha em Guimarães. Carlos ,
Sousa, Miguel e Manuel, gastam 27.030$00 num almoço e lanche em Sto. Tirso.
14-Abr.1997
Desaparece um dos nossos maiores amigos, o Edgar parte
para sempre do nosso seio, a dor é grande. Paz à sua alma e até qualquer dia
amigo!
20-Jun.1997
Um grupo de 4 amigos que nunca deixaram de se encontrar
ao fim-de-semana, para um copo e uma sueca, organizam um torneio no Feliz em
Ardegães, são o Carlos, Pereira, Sousa e o Manuel. Deram a este pequeno grupo o
nome de “Os Mesmos”. Neste dia o Manuel apresenta a proposta de os quatro
cotizarem 1.000$00 por semana, para poderem estar presentes com as esposas na
Expo’98 no próximo ano. A ideia foi prontamente aceite, pois era prevista uma
enchente nos hotéis, que não eram nada acessíveis às nossas bolsas.
13-Jun.1998
Foram feitas as contas finais, tínhamos 52.000$00 cada
casal, para viajar até Lisboa e passa lá dois dias a visitar a Exp’98. Mas…
Sousa, Carlos e Pereira não vão querer ir, preferem antes gastar o dinheiro num
passeio ao Minho. Apenas o Manuel quer muito ir à Exposição Mundial de Lisboa.
Depois da divisão feita, parte cada um para seu lado. Definitivamente o grupo
(os Mesmos) acaba.
04-Ago.1998
É
sepultado em Ermesinde o Tony (trolha) como lhe chamamos. Mais um amigo que se
vai... Sempre prestável e amigo do seu amigo. Até sempre Tony
05-Ago.1998
O Pereira e o Manuel vão representar o resto do grupo
(agora inexistente), nas bodas de ouro do Moreira em Penafiel, honrando o
convite feito anos antes. Pagam do seu bolso, a prenda, fadistas e tocadores
para fazerem fado na boda como estava prometido. É mesmo o fim…
25-Mai. 2001
O Manuel e o Carlos vão neste dia ao funeral de mais um
amigo, partiu o Lima Querido
25-Ago. 2003
O Manuel organiza um Passeio Mistério á cidade do Porto, fazem parte o José Carlos, Pereira, Sousa e Alfredo, com as respectivas esposas. O Passeio agradável com visita a lugares inesquecíveis da cidade. Tiraram-se fotos e o almoço foi no “Carpa” em V.N. Gaia.
Deste aglomerado de gente que durante anos deu vida a alguns grupos, apenas (e ainda bem), existe a caixa “Os Pioneiros” com quase 11 anos de vida.
Com certeza teve os seus revezes, mas o que importa é continuar a juntar à sua volta um grupo coeso de boa gente, e que consiga contribuir para melhorar os seus dias, nesta vida insípida e já de si difícil de levar.
Hoje sábado, soube que foram todos comemorar até ao “Moreira”, que todo corra bem são os meus desejos, fica em mim esta saudade desses tempos e um pouquinho de frustração, por não saber fazer amigos, ou não eram meus amigos?
Que a amizade nunca seja uma palavra vã, são os meus votos sinceros.
17 de Fevereiro de 2007, Ermelinda a esposa do Sousa
26 de Dezembro de 2013, José Carlos
Em Dezembro de 2016, termina de vez os Pioneiros
11 de Novembro de 2018, Manuel Gonçalves
4 de Setembro de 2020, Maria a esposa do José Carlos
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