LEMBRANDO AMIZADES
3ª PARTE
14-Ago1981
Realiza-se pelas 22h uma reunião na Regional para
apresentação de contas. Foi ainda feita uma votação para a devolução (sim ou
não), de verbas ao Abílio. Desta votação, nasceu uma celeuma que concluiu com a
extinção do grupo. Foram devolvidas ao Tony as verbas referentes ao passeio de
sábado por este não ter comido nem bebido e a de domingo por não ter estado
presente por motivos justificados. Ainda foi entregue ao Jaime a verba
referente a domingo pelo mesmo motivo. Depois da votação a favor do sim em
relação ao Abílio, o Pereira abandonou a mesa, o Sousa apresentou a sua
demissão que foi aceite e o Cruz como porta-voz do Raul, apresentou o seu
descontentamento. O resultado foi o seguinte:
Contra (1)
Arnaldo
Favor (4)
Edgar; Alfredo; Jaime; Tony
Abstenção (3) Manuel; Chico; Cruz
Depois do reembolso de: 2.620$50 ao Tony
2.620$50 ao Abílio
1.596$50 ao Jaime
Restou um saldo de 550$00 que foi dividido pelos 11
Os Cartolas foram extintos nesta data, não havia a
capacidade entre os seus elementos, a tolerância necessária à harmonia dum
grupo.
21-Set.1981
Alguns amigos juntam-se para lançarem as bases para um
projecto cultural, o João (da Galp) Silva foi convidado para apresentar o
esboço dos estatutos do ACRE – Associação Cultural e Recreativa de Ermesinde.
Mas… O ACRE ia ser mais um projecto adiado, porque entretanto…
11-Out.1981
Alguns amigos aceitam o convite do Quim Leite para tomar
em mãos o destino da bastante debilitada U.D.B. – União Desportiva da Bela,
clube com 10 de existência, mas que depois de sucessivas Assembleias de sócios,
não encontra o caminho da continuidade. Fica eminente a entrega do Clube à
Junta de Freguesia. É então apresentada uma lista que foi aceite por
unanimidade, e dela constavam os seguintes nomes:
Assembleia-geral:
Presidente: Fernando Horácio M. Durão
Secretário: Jaime Pereira
Relator: Edgar Teles D’Almeida
Conselho Fiscal:
Presidente: João dos Santos Silva
Secretário: Raul Sousa e Silva
Relator: António José Dias Abreu
Direcção:
Presidente: Francisco Dias A. Rosas
Vice “: Franklim A. Teixeira
1º
Secretário: Alfredo Monteiro Carvalho
2º
Secretário: Manuel J.S. M. Carvalho
Tesoureiro: Carlos L. Bernardo
1º
Vogal: António J. F. da Silva
2º
Vogal: Adelino Ferreira da Cruz
Colaboradores:
Espírito
Santo
Lourenço Silva
Arnaldo França
Álvaro Carvalho
Augusto Alfena
Serafim Marques
Mário C. Guedes
Aldo Costa
E
ainda:
Américo Oliveira
Mário Aguiar
Manuel Bessa
José Bessa
Pinto da Cunha
Rui
Nascimento
Américo Faria
Manuel Gonçalves
António Pereira
Gil
Bragada
O entusiasmo era grande, e este grupo de amigos tinha uma
grande tarefa pela frente Só o Sousa não quis fazer parte, apesar de sido um
dos fundadores à 10 anos atrás.
20-Out.1982
Depois de um ano de muito sacrifício e muita
incompreensão, (o sentimento exagerado de posse sobre o clube, que os naturais
da terra sempre demonstraram, nunca os deixou ver com clareza, que as nossas
ideias eram válidas e progressistas), desistimos e pedimos a demissão em bloco,
mas…
Ficou trabalho
feito, como se pode ler no historial do clube, numa página do Jornal do 11º
Aniversário da então U. D. Cultural e Recreativa da BELA:
“Em 25 de Julho de 1971, um grupo
de amigos fundou a União Desportiva da Bela. Da 1ª direcção faziam parte: Quim
Lopes; Mesquita; Gouveia; Adrião e Sousa. Mais tarde o Sá, quando abriu o café
Pub Club.
De garagem em barracão, de direcção em
comissão, desorganizado umas vezes incompreendido outras, o Clube foi andando
no tempo, esquecido onze meses no ano e lembrado apenas quando haviam torneios
de futebol de salão, por rapazes de boa vontade (no momento), mas que foram
angariando palmarés que nem qualquer clube com 11 anos possui. Cinco vezes
campeão de futebol de salão, entre outras classificações de enaltecer.
Assim foi chegando o dia, em que no fim de
mais um mandato (Outubro de 1981), após tentativas sucessivas nas assembleias
de sócios, o pouco que restava de mais uma direcção, vê-se na contingência de
pôr a hipótese da extinção do Clube, o facto é que não havia ninguém, dos pouco
mais de 50 sócios (na altura), que quisessem arcar com a responsabilidade de o
gerir.
Foi então que a convite de um sócio da
colectividade, surgiu uma lista de homens dispostos a levar a bom porto a
difícil tarefa. Começaram por pegar de frente nos problemas, roubaram horas ao
seu descanso e redigiram uns estatutos (que o clube nunca tivera), que fossem
de encontro aos seus reais anseios. Acrescentaram à sigla U.D. da Bela as
palavras Cultura e
Recreio, que veio dar um novo cariz ao
clube e ficou assim: União Desportiva Cultural e Recreativa da Bela e foram
aprovados em assembleia-geral em 11 de
Outubro de 1981. A
etapa seguinte foi a aprovação do Regulamento Interno e a apresentação do novo
emblema, que ficou a representar com mais pormenor e dignidade as cores da
Bela, estes, verde e amarela, também foram aprovados oficialmente em 6 de
Dezembro de 1981. (embora já fossem as cores do clube, inspiradas na selecção
brasileira, no campeonato do mundo em 1971, ano da fundação do clube)
Mudou-se o mobiliário da sede. Cobriu-se o
terreno da entrada provisoriamente e instalou-se um esquentador para banhos.
Fizeram-se novos cartões e ainda outros impressos. Organizou-se também,
totalmente o ficheiro, acompanhado de uma contabilidade decente e transparente.
Dinamizou-se o desporto, como o Atletismo, Futebol (sénior e juvenil), Xadrez e
outros jogos que mereceram destaque. Promoveu-se uma difícil angariação de
novos sócios e chegou-se a atingir os 200, entre os quais, 80 eram atletas nas
diferentes modalidades, onde perto de 50 eram crianças.
Inaugura-se a 1ª Bandeira do clube e o
1º emblema electrificado na sede. Organiza-se a primeira prova de Atletismo da
Bela, inserida nas comemorações do 11º aniversário do clube, estava-se em 25 de
Julho de 1982. Ao clube, além do que já tinha, foram acrescentados mais de 100
contos de património. Foram aprovados os novos equipamentos que vêm dar a
representatividade que o clube merece. Nesse ano o movimento do clube é de mais
de 400 contos como ficou aprovado pela apresentação do relatório de contas.
Enfim, deu-se um grande passo na vida da UDCRB e espera-se que mais homens de
boa vontade aparecem, para que nunca se apague a chama que alguns amigos
acenderam no dia 25 de Julho de 1971 e que entre 1980 e 1981, outros souberam
continuar e projectar para um futuro melhor. Viva a U. D. C. R. da Bela!”.
22 Mai-1983
O grupo é novamente convidado,
desta vez pelo novo Presidente do Clube, Manuel Teixeira, para fazer parte de
uma comissão de obras, que vai proceder à construção da nova sede e do ringue
da Bela, em terrenos oferecidos pela Junta de Freguesia de Ermesinde, depois do
empenho notável do sócio Espírito Santo. Alguns de nós têm um papel de relevo
como: O Manuel Ascensão (que vem a ser mais tarde presidente deste clube); José
Carlos (que vai também fazer parte da direcção); Jaime Pereira: e Manuel
Carvalho que ajudou no projecto e construiu uma maqueta à escala do
empreendimento (infelizmente desaparecida
em parte incerta).
29 Out-1983
O Chico, o Gil, o Arnaldo e o
Manuel, organizam o 1º Raly Paper da Malta. Foi um sucesso como era de esperar.
O Jantar e a entrega dos prémios foram no Restaurante “Bango”, com a presença
de 37 pessoas, desde o saudoso Zenha ao António Mota (que veio a ganhar o
primeiro prémio fazendo equipa com o Leonel), A despesa foi de 15.540$00 e
calhou só (belos tempos…), 420$00 por pessoa.
30-Jun.1984
Volta o Rali à rua, o 2º da
Malta, desta vez saiu vencedora uma equipa feminina, constituída pelas mulheres
de alguns concorrentes: Carolina; Olga; Fernanda; Maria João e a Graça que
tinha o nome: “Equipadelas”. A festa volta a ser no Bango e a despesa desta
vez, é de 27.000$00 a dividir por 54 presentes, o que deu a cada 500$00.
13-Abr.1985
A maior parte dos amigos
juntam-se no café Record, mais propriamente 14: Manuel, Sousa, Carlos, Jaime,
Gonçalves, Arnaldo, Abreu, Tony, Pereira, Toninho, Edgar, Alfredo, Ascensão e o
Gil. Organizam-se e vão juntando dinheiro com o Totoloto, desta vez o objectivo
é apenas um almoço. O ponto é a 10$00 e todas as sextas nos reunimos no café
para pagar as cotas, a seguir na sede da Académica da Travagem, o jogo de dominó
passa a ser o astro da época.
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