quarta-feira, 28 de outubro de 2020

LEMBRANDO AMIZADES

 




3ª PARTE







14-Ago1981
Realiza-se pelas 22h uma reunião na Regional para apresentação de contas. Foi ainda feita uma votação para a devolução (sim ou não), de verbas ao Abílio. Desta votação, nasceu uma celeuma que concluiu com a extinção do grupo. Foram devolvidas ao Tony as verbas referentes ao passeio de sábado por este não ter comido nem bebido e a de domingo por não ter estado presente por motivos justificados. Ainda foi entregue ao Jaime a verba referente a domingo pelo mesmo motivo. Depois da votação a favor do sim em relação ao Abílio, o Pereira abandonou a mesa, o Sousa apresentou a sua demissão que foi aceite e o Cruz como porta-voz do Raul, apresentou o seu descontentamento. O resultado foi o seguinte:
      Contra (1) Arnaldo
        Favor (4) Edgar; Alfredo; Jaime; Tony
Abstenção (3) Manuel; Chico; Cruz
Depois do reembolso de: 2.620$50 ao Tony
                                         2.620$50 ao Abílio
                                         1.596$50 ao Jaime
Restou um saldo de 550$00 que foi dividido pelos 11
Os Cartolas foram extintos nesta data, não havia a capacidade entre os seus elementos, a tolerância necessária à harmonia dum grupo.
 
 
21-Set.1981
Alguns amigos juntam-se para lançarem as bases para um projecto cultural, o João (da Galp) Silva foi convidado para apresentar o esboço dos estatutos do ACRE – Associação Cultural e Recreativa de Ermesinde. Mas… O ACRE ia ser mais um projecto adiado, porque entretanto…
 
 
11-Out.1981
Alguns amigos aceitam o convite do Quim Leite para tomar em mãos o destino da bastante debilitada U.D.B. – União Desportiva da Bela, clube com 10 de existência, mas que depois de sucessivas Assembleias de sócios, não encontra o caminho da continuidade. Fica eminente a entrega do Clube à Junta de Freguesia. É então apresentada uma lista que foi aceite por unanimidade, e dela constavam os seguintes nomes:
 
Assembleia-geral:
            Presidente: Fernando Horácio M. Durão
             Secretário: Jaime Pereira
                  Relator: Edgar Teles D’Almeida
 
Conselho Fiscal:
            Presidente: João dos Santos Silva
             Secretário: Raul Sousa e Silva
                  Relator: António José Dias Abreu
Direcção:
            Presidente: Francisco Dias A. Rosas
                    Vice “: Franklim A. Teixeira
        1º Secretário: Alfredo Monteiro Carvalho
        2º Secretário: Manuel J.S. M. Carvalho
            Tesoureiro: Carlos L. Bernardo
                1º Vogal: António J. F. da Silva
                2º Vogal: Adelino Ferreira da Cruz
 
Colaboradores:
                               Espírito Santo 
                               Lourenço Silva
                               Arnaldo França
                               Álvaro Carvalho
                               Augusto Alfena
                               Serafim Marques
                               Mário C. Guedes
                               Aldo Costa
 E ainda:              
                Américo Oliveira
                Mário Aguiar
                Manuel Bessa
                José Bessa
                Pinto da Cunha
                Rui Nascimento
                Américo Faria
                Manuel Gonçalves
                António Pereira
                Gil Bragada
 
O entusiasmo era grande, e este grupo de amigos tinha uma grande tarefa pela frente Só o Sousa não quis fazer parte, apesar de sido um dos fundadores à 10 anos atrás.
 

20-Out.1982
Depois de um ano de muito sacrifício e muita incompreensão, (o sentimento exagerado de posse sobre o clube, que os naturais da terra sempre demonstraram, nunca os deixou ver com clareza, que as nossas ideias eram válidas e progressistas), desistimos e pedimos a demissão em bloco, mas…
Ficou trabalho feito, como se pode ler no historial do clube, numa página do Jornal do 11º Aniversário da então U. D. Cultural e Recreativa da BELA:
                                                                 
     “Em 25 de Julho de 1971, um grupo de amigos fundou a União Desportiva da Bela. Da 1ª direcção faziam parte: Quim Lopes; Mesquita; Gouveia; Adrião e Sousa. Mais tarde o Sá, quando abriu o café Pub Club.
       De garagem em barracão, de direcção em comissão, desorganizado umas vezes incompreendido outras, o Clube foi andando no tempo, esquecido onze meses no ano e lembrado apenas quando haviam torneios de futebol de salão, por rapazes de boa vontade (no momento), mas que foram angariando palmarés que nem qualquer clube com 11 anos possui. Cinco vezes campeão de futebol de salão, entre outras classificações de enaltecer.
    Assim foi chegando o dia, em que no fim de mais um mandato (Outubro de 1981), após tentativas sucessivas nas assembleias de sócios, o pouco que restava de mais uma direcção, vê-se na contingência de pôr a hipótese da extinção do Clube, o facto é que não havia ninguém, dos pouco mais de 50 sócios (na altura), que quisessem arcar com a responsabilidade de o gerir.
    Foi então que a convite de um sócio da colectividade, surgiu uma lista de homens dispostos a levar a bom porto a difícil tarefa. Começaram por pegar de frente nos problemas, roubaram horas ao seu descanso e redigiram uns estatutos (que o clube nunca tivera), que fossem de encontro aos seus reais anseios. Acrescentaram à sigla U.D. da Bela as palavras Cultura e Recreio, que veio dar um novo cariz ao clube e ficou assim: União Desportiva Cultural e Recreativa da Bela e foram aprovados em assembleia-geral em 11 de Outubro de 1981. A etapa seguinte foi a aprovação do Regulamento Interno e a apresentação do novo emblema, que ficou a representar com mais pormenor e dignidade as cores da Bela, estes, verde e amarela, também foram aprovados oficialmente em 6 de Dezembro de 1981. (embora já fossem as cores do clube, inspiradas na selecção brasileira, no campeonato do mundo em 1971, ano da fundação do clube)
       Mudou-se o mobiliário da sede. Cobriu-se o terreno da entrada provisoriamente e instalou-se um esquentador para banhos. Fizeram-se novos cartões e ainda outros impressos. Organizou-se também, totalmente o ficheiro, acompanhado de uma contabilidade decente e transparente. Dinamizou-se o desporto, como o Atletismo, Futebol (sénior e juvenil), Xadrez e outros jogos que mereceram destaque. Promoveu-se uma difícil angariação de novos sócios e chegou-se a atingir os 200, entre os quais, 80 eram atletas nas diferentes modalidades, onde perto de 50 eram crianças.
        Inaugura-se a 1ª Bandeira do clube e o 1º emblema electrificado na sede. Organiza-se a primeira prova de Atletismo da Bela, inserida nas comemorações do 11º aniversário do clube, estava-se em 25 de Julho de 1982. Ao clube, além do que já tinha, foram acrescentados mais de 100 contos de património. Foram aprovados os novos equipamentos que vêm dar a representatividade que o clube merece. Nesse ano o movimento do clube é de mais de 400 contos como ficou aprovado pela apresentação do relatório de contas. Enfim, deu-se um grande passo na vida da UDCRB e espera-se que mais homens de boa vontade aparecem, para que nunca se apague a chama que alguns amigos acenderam no dia 25 de Julho de 1971 e que entre 1980 e 1981, outros souberam continuar e projectar para um futuro melhor. Viva a U. D. C. R. da Bela!”.
 
 
 
22 Mai-1983
O grupo é novamente convidado, desta vez pelo novo Presidente do Clube, Manuel Teixeira, para fazer parte de uma comissão de obras, que vai proceder à construção da nova sede e do ringue da Bela, em terrenos oferecidos pela Junta de Freguesia de Ermesinde, depois do empenho notável do sócio Espírito Santo. Alguns de nós têm um papel de relevo como: O Manuel Ascensão (que vem a ser mais tarde presidente deste clube); José Carlos (que vai também fazer parte da direcção); Jaime Pereira: e Manuel Carvalho que ajudou no projecto e construiu uma maqueta à escala do empreendimento (infelizmente desaparecida em parte incerta).
 
 
29 Out-1983
O Chico, o Gil, o Arnaldo e o Manuel, organizam o 1º Raly Paper da Malta. Foi um sucesso como era de esperar. O Jantar e a entrega dos prémios foram no Restaurante “Bango”, com a presença de 37 pessoas, desde o saudoso Zenha ao António Mota (que veio a ganhar o primeiro prémio fazendo equipa com o Leonel), A despesa foi de 15.540$00 e calhou só (belos tempos…), 420$00 por pessoa.
 
 
30-Jun.1984
Volta o Rali à rua, o 2º da Malta, desta vez saiu vencedora uma equipa feminina, constituída pelas mulheres de alguns concorrentes: Carolina; Olga; Fernanda; Maria João e a Graça que tinha o nome: “Equipadelas”. A festa volta a ser no Bango e a despesa desta vez, é de 27.000$00 a dividir por 54 presentes, o que deu a cada 500$00.
 
 
13-Abr.1985
A maior parte dos amigos juntam-se no café Record, mais propriamente 14: Manuel, Sousa, Carlos, Jaime, Gonçalves, Arnaldo, Abreu, Tony, Pereira, Toninho, Edgar, Alfredo, Ascensão e o Gil. Organizam-se e vão juntando dinheiro com o Totoloto, desta vez o objectivo é apenas um almoço. O ponto é a 10$00 e todas as sextas nos reunimos no café para pagar as cotas, a seguir na sede da Académica da Travagem, o jogo de dominó passa a ser o astro da época.

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