quarta-feira, 28 de outubro de 2020

LEMBRANDO AMIZADES





2ª PARTE







18-Ago.1980
Faz-se nova tentativa, o grupo não pode acabar assim, os que ficaram, convocam uma reunião para a “Regional” na Travagem ás 10 da noite. É apresentada uma proposta, fica deliberada a extinção dos “Carolas” e o nascimento de um novo grupo com outros objectivos: Passeio para toda a família; Natal para as crianças; Festa de Passagem d’ano, etc. O Sousa é mais uma vez o padrinho do nome e nascem “Os Cartolas”. 12 Amigos vão fazer parte deste projecto:
             
             Manuel Carvalho
             António Sousa
             Abílio do Carmo
             Alfredo Carvalho
             Jaime Pereira
             Chico Rosas
E voltam
             Arnaldo França
             Adelino da Cruz
             António Pereira
             Raul Silva
E ainda
             Edgar D’Almeida
             António José (Tony)
 
24-Ago.1980
É registado o primeiro boletim dos “Cartolas”. Agora o ponto no totobola sobe para 5$00 com uma cota suplementar de 50$00 mensais. O Chico continua a ser o tesoureiro, o Manuel é o secretário e o Cruz recebe as cotas mensais. Começam a haver reuniões quinzenais no restaurante Sheik, na Regional e no Pub-Club.
 
31-Ago.1980
Sai o 1º Jornal mensal dos Cartolas, com apenas um número que é passado de mão-em-mão. Colaboram o Chico, o Cruz e o Manuel Carvalho. Fazem-se cartões de sócio, elabora-se um ficheiro e é criado o símbolo do grupo. O Quim Lima faz a zincogravura e imprime os cartões e convites, etc.
 
05-Set.1980
Fica aprovado em acta na reunião feita na Regional, fazerem-se passeios com as crianças aos primeiros sábados do mês. O Abílio fica encarregado de levar os miúdos ao cinema. A cota mensal sobe para 70$00 e as reuniões ficam marcadas para as primeiras sextas-feiras de cada mês
 
17-Nov.1980
Organiza-se uma festa Magusto, na casa ainda por acabar do Quim Lopes. Este vai ser o local para outras iniciativas.
 
21-Dez.1980
É um grande dia para os Cartolinhas, chegou a sua festa de Natal. Há brinquedos oferta da Fábrica Cindita. São exibidos filmes de animação alugados na Pathe Baby em Sta. Catarina, a máquina de projectar é emprestada pelo Jorge (da Grundig), e o momento de Ilusionismo ficou a cargo do Sousa e do Cruz. O Jaime vestiu-se de Pai Natal para entregar os brinquedos e não faltou a árvore de natal e o presépio. A sala  dum prédio em construção cedido para o efeito, foi ornamentada com balões e festões prateados e as paredes forradas a papel cenário, nem parecia que estava em construção. Todos trabalharam com afinco, bem… Todos menos o Raul, que com a sua carteirinha debaixo do braço apenas dava ordens. A despesa total ficou por 7.810$00, entre enfeites, filmes, confeitaria, bolas de encher, séries de lâmpadas, drogaria, pregos e cola, 2 bonecos de chiar para os mais pequeninos, papel metalizado e de cenário e 2 livros para os mais velhos.
A relação das crianças convidadas para a festa e dos brinquedos a distribuir, ficou assim ordenada por idades:
 
António Gualter – 13 * Jogo de Damas + Livro
Helena Carvalho – 12 * Guarda-fatos envernizado
Paulo Rosas – 11 * Jogo de Damas + Livro
Manuela Sousa – 11 * Mobília de quarto grande
Modesta Carvalho – 10 * Balcão de cozinha
Cláudia Pereira – 9 * Móvel de cozinha
Paula Rosas – 9 * Móvel de cozinha
Carla do Carmo – 8 * Mobília de sala de visitas
Jorge Sousa – 8 * Garagem com elevador
Rui Rosas – 7 * Quadro escolar nº4
Filipe Cruz – 7 * Lousa com ábaco
Mónica Silva (#) – 6 * Roupeiro
Cristina Abreu (#) – 6 * Cama para boneca
Miguel França – 5 * Garagem Auto-Parking
Fernando Rosas – 5 * Garagem Auto-Parking
Marta Pereira – 4 * Cómoda com três gavetões
Paulo Norberto (#) – 4 * Quadro escolar nº2
Isabel Pereira – 3 * Mobília de quarto
Sara do Carmo – 2 * Beliche envernizado
Diana Carvalho – 2 * Beliche envernizado
Rui Cruz – 2 * Relógio com ábaco
Leonel D’Almeida – 1 * Cão de chiar
Joana França – 1 * Gato de chiar
  
Os nomes assinalados com (#) não faziam parte do grupo mas foram crianças convidadas, filha do Espírito Santo, do Tózé e o sobrinho do Tony.
 
31-Dez.1980
Realiza-se uma memorável Passagem de Ano, o local foi o mesmo da festa de Natal e estava decorado a preceito. Da ementa faziam parte Frango assado, Presunto, Salpicão, Rissóis diversos, etc. O Caldo-verde foi feito pela Lídia Abreu e a despesa no total foi de 7.629$00 o que calhou a cada aproximadamente: 450$00. A música esteve a cargo do Quim Lima. Toda a gente foi de fato e gravata, algumas delas de vestido cumprido, mas todos tinham cartola.
Foi uma festa de arromba (quase igual á do passado ano [1979/80], em que o Manuel, o Jaime, o Alfredo e o Pereira organizamos na garagem do Sargento Vasques, com a presença da Fernanda e a Maria dos Anjos, amigas do Jaime e da Fernanda que viviam em Gaia).
Em 1981, apareceram pela primeira vez como convidados, alguns amigos que vão fazer parte no futuro do grupo:
           Manuel e Carolina Gonçalves
           Manuel e Teresa Ascensão
Outros convidados fizeram parte desta noite como:
          José e Rosa Futuro
          José e Lídia Abreu
          Manuel e Helena (tios do Jaime)
          Fernando e Fernanda (cunhados do Alfredo)
          Quim Lopes e a Mãe
Os restantes elementos do grupo eram:
          Manuel e Olga Carvalho
          Francisco e Fernanda Rosas
          Edgar e Nídia D’Almeida
          Raul e Maria João Silva
          Alfredo e Margarida Carvalho
          Jaime e Fernanda Pereira
          António e Ermelinda Sousa
          Arnaldo e Amélia França
          António e Irene Pereira
          Adelino e Conceição Cruz
          António e Fátima Silva
 
         Tiraram-se fotos e abriu-se champanhe para festejar o novo ano, estávamos em 1981.
 
 
 
29-Mar.1981
Elaboram-se uns estatutos para consolidar a ideias gerais do grupo, que são aprovados pela maioria, pois dos doze elementos, só o Abílio e o Edgar nunca assinaram os seus termos.
 
22- Jul.1981
Realiza-se uma reunião para se escolher a data e os Itinerários, para os passeios que se iriam organizar nesse ano. Ficou deliberado que o Grupo ia almoçar ao “Coelho” em Amarante, com passagem pela Torre de Nevões durante a tarde, o lanche ficou marcado para a Regional.
No dia seguinte com toda a família, íamos a Coimbra, com almoço na Mala-posta e visita ao Portugal dos Pequeninos.
Foi apresentado neste dia o hino oficial dos Cartolas.
 
23-Jul.1981
O Jornal de Noticias trouxe neste dia, uma notícia onde dava conhecimento do passeio anual do grupo, conforme carta enviada dias antes.
 
25-Jul.1981
Partiu-se pela manhã com destino ao “Coelho” em Amarante, dos 12 só o Abílio, sem justificar, não apareceu. Como demonstram as fotos da época, foi um convívio e um almoço magnífico, com um cabrito magistralmente confeccionado e claro, bem regado com o tinto da região que inflamou os discursos. Ficou registada em K7 a celebre frase do Edgar:
— Não vejo na cara dos presentes, quem queira desistir destes convívios!
Passou-se ainda uma tarde agradável na Torre de Nevões, com mergulhos na piscina e muita alegria. Apenas dois casos assombraram este dia memorável, o Tony que sofria com dores no estômago (aliás, causa principal do seu desaparecimento prematuro dezassete anos mais tarde, a 4 de Agosto de 1998), e o Jaime que esteve para não ir connosco, a Fernanda encontrava-se hospitalizada por ter tido um grave acidente de viação e a disposição não era muita. O Jaime sossegou após um telefonema feito num café do Marco. Terminou-se na Regional como estava programado, gastamos no total: 10.240$50.
 
26-Jul.1981
Uma caravana de 6 automóveis parte da Bela bem cedo, ostentando nas portas o dístico: “Convívio/81 Os Cartolas Ermesinde”. O Fiat 124 da Maria João, o Austin do Sousa, o Fiat 850 do Pereira, o Ford Capri do Chico e os dois R5 do Alfredo e do Manuel. O Tony por motivos de saúde, o Jaime pela enfermidade da Fernanda e o Abílio injustificadamente, infelizmente não fazem parte deste passeio familiar.
Eram 32 pessoas no total cantando com os filhos de cada casal. Almoçou-se na Mala-Posta no Restaurante “O Pompeu” (por sugestão de Carlos). De tarde o grupo levou as crianças ao Portugal dos Pequeninos e à vinda lanchou-se no Restaurante Primavera, depois de ter passado pela Cúria com o Arnaldo a perder-se da malta.
O Sousa quis ficar no “Rampinha” para jantar com a família, era de opinião que a hora ia adiantada e não dava tempo de se chegar à Travagem. Os restantes vieram fazer o término na “Regional”. Tiraram-se muitas fotos e gastaram-se 14.370$00. 

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